quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Menos bitucas = mais bitocas

O vício pode acabar com a vida dos caracóis. Alguém não sabe disso?
Eu sempre fui favorável a uma vida saudável. Claro, sem fazer disso uma luta capaz de destruir a boa convivência diária. Cada um faz suas opções. Eu respeito. Mas não deixo de fazer minha torcida interna, esperando que um dia as pessoas que eu amo (e as que eu gosto e simpatizo também) deixem de fumar. Afinal, os caracóis poderiam viver muito mais e melhor sem isso, não?
(em detalhe)Não é fácil, eu sei. Essa porcaria parece exercer uma atração incrível!
E os caracóis são curiosos... não esquecem... andam sempre ali à volta...
Até parecem só pensar naquilo...
Mas esperança é a última que morre (Dizem que os fumantes morrem bem antes). E eu, contente (ok, quase dando saltos e berros de felicidade), constato silenciosamente que meu marido está tentando parar de fumar. O amor não é lindo?!!!
Não contem pra ninguém, e me ajudem a torcer daí. Será que vai ser desta?! Expectativa...
E não fiquem a imaginar que eu montei estas imagens dos caracóis com as bitucas (beatas) de cigarro: eu apenas estava entrando num prédio outro dia e constatei completamente pasmada que os bichinhos também apreciavam a porcaria... Então saquei a câmara e fotografei. Obviamente eu não desejaria isso a nenhum animal do planeta!!! Ééca!!! Ah! E se você fuma, cuidado onde coloca suas bitucas.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Traição

Millôr Fernandes dizia que, de todas as artes, a música é a única que nos ataca pelas costas.
Tem muita sabedoria esta afirmação, afinal, normalmente é preciso que o espectador se volte para o objeto ou para a performance, para que possa fruir a arte. Como num acordo onde um quer se mostrar e outro quer conhecer. Na música, mesmo que você não se proponha a isso, que não esteja com o interesse voltado para a questão, ela pode lhe invadir sem aviso prévio. A música é traiçoeira: ela pode nos pegar numa emboscada quando menos esperamos. Ou você nunca sentiu isso de repente num shopping, num elevador, num sinaleiro, ou mesmo próximo a vizinhos barulhentos e mal educados?
Algumas vezes, pode ser mesmo uma violência. Outras, uma grata surpresa.
E foi assim, completamente desarmada, que tive o prazer de conhecer esta música de Astor Piazzolla na belíssima voz de Chabuca Granda, de quem eu nunca ouvira falar. Alta traição, mas como foi bom! Quer ouvir e verificar se ela também lhe toca?

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Experiência estética

Por vezes, desavisadamente, o prazer estético me inunda,
e eu simplesmente perco a palavra.

sábado, 11 de setembro de 2010

Carro de corrida

Há muito tempo não posto um desenho da Carolina que, entretanto, não parou nunca de desenhar. Neste momento os desenhos formam pilhas de papéis nos lugares mais insuspeitos da casa. Então, vou dar prosseguimento a um dos antigos propósitos deste blog de publicar os que acho mais interessantes, ao mesmo tempo que faço um arquivo para ela rever na posteridade. Na minha opinião, o mais bacana neste desenho é que ela resolveu o problema de representar o público da corrida, com meras bolinhas coloridas. Claro, isso é um clichê nos desenhos animados, gibis, etc. Não é novidade alguma. O que para mim é novidade é o fato dela, ainda aos 5 anos, já ter se apercebido desta possibilidade. Demonstra um acurado olhar analítico e sintético em tão tenra idade. Outra curiosidade é que ela estava mesmo numa corrida em direção aos 6! Fazer seis anos, para quem tem cinco, equivale a chegar aos 18: parece que sua vida vai mudar completamente para melhor e você vai adquirir incríveis superpoderes. Há! Quem viver verá!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

A lógica imbatível de uma menina de 6 anos.

_ Carolina, hora do banho!
_ Eu não quero tomar banho, mãe! Eu odeio tomar banho!
_ Então vai ficar toda suja, fedida?
_ Eu não vou ficar fedida.
_ Ah, vai. Quem não toma banho fica a cheirar mal.
_ Cheira aqui o meu sovaco?
_ Eu, não! Tá maluca?! Eu não vou colocar meu nariz nesse sovaco fedorento.
_ ... Você até come abóbora!...

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Paisagem proibida para asmáticos

Este ano despeço-me do Verão (que esteve mais para Veranico) com as imagens que mais me marcaram. Instantes tão rápidos, tão mágicos, mas que vão deixar esta paisagem registrada para sempre em minha memória. Sim, o belo ainda é capaz de me fazer pasmar:De passagem por St Moritz, de repente, após uma montanha ou curva da estrada, eis a imagem que se me revela:
Um lago coalhado de parapentes coloridos, que na verdade não eram parapentes... eu nem sabia que esporte era aquele!
Mas sua beleza inquestionável nos fez estacionar o carro e nos deleitar, mesmo que por breves instantes, com aquela vista de tirar o fôlego!
Ah! Era tão bonito que até doía. Foi como receber um soco no estômago, de tal modo nos deixara estupefactos.
E pensar que alguém ainda tinha o privilégio de conviver com esta vista a vida toda...
Visto de cima, podia-se ver a moldura dos Alpes, praticamente sem neve. Algo raro. Neste momento já voltou a nevar lá em cima, e está tudo bem mais branquinho. E dizem que o Verão nem acabou!
Contudo, foi uma estação inesquecível, e eu até aprendi que estes paraglaiders coloridos, com uma prancha de surf acoplada, é um esporte chamado kiteboarding. Não parece sofisticado e maravilhoso?! E ainda aprendi mais: Quando um lugar como St Moritz tem a fama turística que tem, não duvide: não fique questionando se vale a pena ir conhecer. Simplesmente vá. Ninguém adquire uma fama destas a toa. E havia ainda muito mais para apreciar:

St Moritz. Se um dia você for, me chama que eu vou! Ah! E se você for asmático, não se esqueça de levar a bombinha, ou você sentirá muita falta de ar!